terça-feira, 29 de abril de 2008

Noturnos.

(...)
Trabalhar à noite é muito legal.
É sim, pode acreditar. O ritmo da cidade é completamente diferente. É quase como atravessar o espelho, assim como fez Alice.
Maaaaaaaaas, não espere que o resto do mundo vá respeitar seus horários de sono. Ninguém vai ligar de privar você do seu sono, às 15h (quando isso na verdade seria 3 da manhã para os noturnos) no meio da semana. Nem mesmo sua própria mãe.
Ainda assim, vale a pena.
(...)

Every night
We smash their Mercedes-Benz

First we run

And then we laugh till we cry
You Get What You Give - New Radicals

sábado, 19 de abril de 2008

Fatos Bizarros #6

O índio "chegou primeiro", mas o dia em sua homenagem não é feriado.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Fatos Bizarros #5

Ninguém resiste fazer pelo menos um "ploc" quando vê um plástico-bolha.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

"The story of a man on the morning of a war"

O sol raiava no horizonte espantando as últimas estrelas, e Bridge consideraria aquele céu perfeito para alguém observar enquanto morre, não fossem nuvens negras de fumaça que o estragavam.
A lavagem cerebral fazia efeito e ele nem lembrava porque jazia em meio a tantas ruínas do que parecia ter sido uma cidade (ao menos no dia anterior). Na verdade, ele já nem sabia que raios de lavagem cerebral era essa que estava pensando! Mas tudo bem, em questão de segundos até mesmo isso seria esquecido.
A visão ficava mais turva à medida que o sangue fugia pelos vários ferimentos, então resolveu fechar os olhos e aguardar o último suspiro.
Só uma coisa o incomodava. Era o choro incessante de um bebê, vindo de algum lugar próximo.
"Calma, neném. Em pouco tempo tudo estará acabado e nós não sentiremos mais dor, fome ou frio. Então fica quietinho, pro tio aqui ter ao menos uma morte tranqüila", era o que Bridge pensava.
Mas o choro não parou e Bridge começou a imaginar que deus estava de sacanagem e que ele já havia morrido e estava no inferno sendo punido. Até mesmo uma equação bizarra passava por sua cabeça. "Eu morro. O bebê não sobrevive. E daí, porra?!"
Bridge já não sentia mais nada e até as memórias tinham se esvaído. Algumas palavras fugiam de seu vocabulário e o mundo começou a ficar menor e mais escuro; mas aquele som continuava ecoando em sua mente, impedindo-o de mergulhar no sono profundo. Desejou ter nascido surdo.
Súbito, sentiu o corpo erguer-se dos escombros como se tivesse vontade própria, porque o cérebro com certeza o estava mandando ficar inerte e morrer.
Começou a se mover e o choro ficava cada vez mais perto. Abaixou-se e algo quente foi aninhado em seus braços. Achou que o próprio corpo tivesse pirado e que acabaria com a vida de uma criança agora. "Ótimo. Mais um pecado pra minha lista, e bem no fim!!!".
O som que o incomodava parou e Bridge levou algum tempo criando coragem para abrir os olhos e ver o que seu corpo havia feito (afinal ele não ouvira nada parecido com ossos quebrando ou coisas do tipo).
Sua visão ainda estava desfocada, mas ficou grato por notar que a criança ainda se mexia em seus braços. Instantes depois, o foco voltou e seus olhos encontraram com os do bebê, que o observava fixamente. Então, a criança abriu o sorriso mais sincero que a memória apagada de Bridge pôde reconhecer. E todo aquele vazio que havia se formado nas últimas horas foi preenchido e reestruturado.
"Ah, merda!" - ouviu sua voz rouca dizer e sabia que um sorriso também havia se formado em sua boca. A equação havia mudado.

xxx-XXX-xxx

Idéia concebida debaixo do chuveiro, pensando em algo pra fazer durante o backup do micro. Tá simples, mas meu gênero literário mudou bastante de 3 anos pra cá.
É, e o título foi SIM baseado em uma música.